INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CRASE
Dizem que a crase não foi inventada para humilhar ninguém. No entanto, sabemos muito bem que seu uso adequado dá um certo trabalho a todos que escrevemos.
O primeiro motivo para isso é que a crase, para nós brasileiros, é um problema exclusivo da escrita: nós não ouvimos a crase. Na fala, não existe nenhuma diferença perceptível entre a e à, ou entre as e às.
Trata-se de uma convenção para marcar graficamente a contração da preposição a com o artigo feminino a ou as. Em vez de escrevermos aa ou aas, escrevemos um só a com o acento grave (à ou às).
Faraco, C. Alberto, Português, língua e cultura, 3ª série, Base Editorial, 2010, p. 224.
CRASE
A FUSÃO DE DUAS VOGAIS IGUAIS. NORMALMENTE, A CRASE ACONTECE QUANDO A PALAVRA “A” (PREPOSIÇÃO) SE JUNTA COM OUTRO “A” (ARTIGO OU PRONOME DEMONSTRATIVO).
Exemplo:
Chegamos à estação.
Chegamos a a estação.
A FUSÃO DE DUAS VOGAIS IGUAIS. NORMALMENTE, A CRASE ACONTECE QUANDO A PALAVRA “A” (PREPOSIÇÃO) SE JUNTA COM OUTRO “A” (ARTIGO OU PRONOME DEMONSTRATIVO).
PARA INDICARMOS NA ESCRITA ESSA UNIÃO FONÉTICA, USAMOS O ACENTO GRAVE (`).
VEJA MAIS UM EXEMPLO:
REGRA GERAL
- A crase só pode ser empregada antes de palavras femininas que admitem o artigo definido a (as) e quando a preposição a é exigida pelo termo anterior (nome ou verbo).
Exemplos:
O trem chegou à estação às 18 horas.
(verbo) (subst. fem.)
Procedeu-se à apuração dos votos.
(verbo) (subst. fem.)